Me fiz egoísta
Por querer ser
O verso mais bonito
Da minha própria poesia
Te fiz crente
Em palavras vazias
Buquês murchos
Surdas melodias
Não escrevo poema
De dor
Não escrevo poemas
Ou relatos
De amor
Perdi meu talento
Para escrever
Me ocupo com
Versos
Tulipas
Doces cantos
Me chamando pelo nome
Mesmo estando em prantos
De norte, a sul
Só não me leve para os santos
Eu não aguentaria
Estar no céu mais uma vez
Sem estar sentindo o gosto
Os lábios, a carne
Poeta de guerras, de amor e arte
Eu conquistei o mundo inteiro
Só precisei da melhor parte