Dor, sinônimo de viver,
um eco que nasce sem origem,
sem fim que se possa prever.
É dor de não pertencer,
de ser e, ainda assim,
sentir-se longe de si mesma.
Dor de amar em silêncio,
com palavras presas no peito,
como pássaros que não sabem voar.
De ter e não ser,
ou de sonhar com algo que
nunca será para si.
A dor, tão humana, tão crua,
se faz eterna companheira,
mas também prova que se vive,
que se sente, que se é inteira.
Porque até na ausência,
na falta e na perda,
há o pulsar da vida,
há o existir.