Quando tu te despida, eu desperto.
Solenemente, a ti me entrego;
confesso que te venero.
Tu és a Deusa do meu Olimpo,
a rainha do meu castelo.
Teu beijo é agridoce e viciou
o meu paladar; toda noite
espero um beijo teu roubar.
Tua presença é um delírio;
labirinto conhecido, mas
nele me perco, temendo não te encontrar.
Tenho pressa em te ter,
uma calma em te soltar;
aos poucos, provar-te-ei
que no meu colo é o teu lugar.
Mulher, estou certamente iludido,
mas que vale a realidade
senão para sonhar contigo?
Tu me cativas com tua radiância;
então deixe-me vagar pela solidão
do teu âmago, afogar-me
na ternura do teu amor.
Belas palavras, eu diria;
mas me falta palavras no mundo
para te descrever;
me falta palavras sempre
que estou com você.