A vida pede um pouco de calma,
uma pausa entre o ruído e o silêncio,
um espaço para sentir o instante
sem o peso de chegar a lugar algum.
Calma para pensar sem pressa,
deixar os pensamentos dançarem
como folhas ao vento,
sem medo do pouso.
Calma para fazer sem atropelo,
porque o que nasce devagar
carrega em si a força do eterno.
Calma para amar,
não como quem queima,
mas como quem acende luzes
que iluminam sem apagar.
Rir e sorrir com a leveza do agora,
chorar como quem liberta o que pesa,
amar como quem descobre o mundo
dentro do outro,
sem pressa, sem pressões.
Talvez, no fim,
seja só isso que precisamos:
viver com calma,
sentir com calma,
ser com calma.
Porque a vida,
essa que corre e nos escapa,
espera apenas que a gente
aprenda a ficar.