No primeiro dia do ano, vazio se ergue o céu,
A aurora chega fria, sem o brilho do seu véu.
As promessas são sombras, sussurrando no vento,
Enquanto o silêncio ecoa no profundo lamento.
As horas se arrastam, pesadas, sem cor,
E o coração carrega um peso de dor.
O futuro, um mistério, mas sem a luz do sonho,
O presente é um abismo, um eterno desengano.
As risadas foram promessas de um verão distante,
Agora se perdem no inverno, tão cansante.
O calendário vira, mas não há renovação,
Só a lembrança amarga da frustração.
No primeiro dia do ano, um grito contido,
A esperança, um fogo, já quase extinto.
E no espelho da vida, vejo a solidão,
Dançando lenta, no compasso da escuridão.
1 jan 2025 (07:43)