Hoje fui me despedindo da criatura que habitava sobre meus pensamentos;
Mas ainda caminhava na direção dos velhos costumes;
Uma polifonia ecoava em mim sobre os sons de várias vozes;
Mas o que estava nas profundezas da alma;
Era a sensação de uma consciência embotada;
Ali tinha um conflito difícil de ser resolvido;
Porque meu adversário morava comigo;
Precisei utilizar do raciocínio lógico;
E fui buscar estratégias lembrando das partidas de xadrez que aprendi a jogar nos tempo da adolescência;
Percebi naquele exato momento;
Que não precisava ser o melhor para vencer minha própria essência;
Mas conviver comigo assumindo meus defeitos;
Sorrindo com minhas qualidades;
E seguindo em frente diante dos meus medos;
Carregando no pulsar do meu coração;
A esperança infinita que consigo enxergar na viajem dos sonhos que fica no encato da vida;
Com os olhos sobre a janela do ônibus;
Na passagem do trajeto percorrido;
O verde a perder de vista da plantão das mãos criadas pelas criaturas;
Que passam pelas existências;
E faz de mim resistência para continuar sobrevivendo no mundo.
@ Gisele Cunha