Marcelo Eduardo de Oliveira

O Palhaço

Vive de graça

Errante pelo mundo

De cambalhotas em cambalhotas

Alimentando-se de nossas alegrias.

 

Almoçou o palhaço?

Descansou o palhaço ?

Quem sabe? Lambeu as feridas e foi trabalhar...

 

De cambalhotas em cambalhotas

Vivem meus sentimentos.

Meus pensamentos, sem graça e

Errantes, eu lamento ...

 

Mas no espelho quebrado

Maqueio meus medos

Falseio meus dramas

E prossigo o espetáculo

 

E apesar dos meus tormentos

Desse cambaleante mundo torto

Levo atento o belo exemplo

Da força estóica do palhaço errante!