Sim,
Chamas penetram minha mente,
Destroem meu coração
E queimam minha face.
Papai era pra existir,
Mas nunca existiu;
Mamãe não educou,
Mas eu aprendi
Com a maldade daqueles olhares
E a voz que era de assustar.
Os toques horrorizantes
que quiseram me matar.
A vida era tão suja,
Que decidi navegar,
Nadar sobre os mares,
Onde nunca haveria um lugar.
Cansada de percorrer,
Decidi parar;
Parar-me no meio da tristeza,
Aonde ninguém estará.
Movida ao vazio,
Chorando sem parar,
Vivendo a aventura
De um ser de matar.