Talvez eu mude o que sinto,
a forma de ver o mundo,
onde o sim, antes guardado,
vira um não profundo,
e o não sussurra o sim
no eco do ir e vir.
O mundo dança em dualidades,
entre quereres e partidas.
Perco e encontro pedaços,
sou espectadora das vidas.
De longe, estendo a mão,
mas não me cabe interferir.
Sou adepta do deixar ir,
pois tudo que vem se desfaz,
e um dia, até eu serei cais.