Paro e penso, um breve instante,
o que da minha vida tenho feito, errante?
Mentiras suaves que conto ao espelho,
ilusões que se vestem de conselhos.
Decisões vazias, sem a minha essência,
escolhas moldadas pela adolescência.
Uma rota traçada, mas que não me encanta,
uma jornada que a alma, em silêncio, espanta.
Desistir? Não, isso não cabe em meu ser,
há algo maior que me faz permanecer.
Mas seguir é fardo, é prova constante,
um passo a mais, um sonho distante.
Que seja assim, meu caminho trilhado,
com erros e acertos no peito guardado.
Pois mesmo sem brilho, há uma razão,
um motivo que pulsa em meu coração.