Poeta por acaso
FLAGÍCIO SEM FIM
FLAGÍCIO SEM FIM
Algo de quem partiu fica dentro de nós
Infligindo castigos como\'um cruel algoz
Qualquer coisa nos é um detalhe mágico
Um mar de cristal tendo um fundo trágico
Do redolente perfume, ao olhar de ciúme
Da demora em despir-se, à pressa em vestir-se
Do ajeitar dos cabelos, ao olhar-se no espelho
E tantas coisas mais que nos furtam a paz
Todavia, há um, que é bem mais comum
Ao menos pra mim, um flagício sem fim
Dentro de mim, nesses martirios meus...
...Por que, cargas d\'água, dos pormenores
Entre tantos detalhes, se haviam melhores
Me inflige a dor do seu beijo de adeus?
(elfrans silva)