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Quando a Luz se Apaga

Me sinto como uma criança perdida no escuro

Onde eu estou? O medo invadiu meu peito

Alguém está comigo?

Alguém realmente me ouve?

 

Eu grito, mas a minha voz não sai

Será que alguém pode ouvi-la?

Meus olhos ardem, mas nada enxergam

Minhas mãos buscam, mas só encontram o vazio

Um vulto, uma sombra, um barulho distante

 

E como diz a canção de Marina Lima:

“Aonde está você? 

Me telefona…. Me chama, me chama…”

Cadê você? Eu sempre estive aqui te esperando 

 

A solidão não é apenas ausência

É a presença do que nunca voltará

E que agora me sufoca sem piedade

Sua ausência é uma ferida aberta

Uma ausência eterna que me envenena 

 

Adriana Calcanhotto implorou:

“Entre por essa porta agora

E diga que me adora, você tem meia hora

Pra mudar a minha vida..”

Mas você não vai voltar!

E tampouco dizer que me adora

 

Nunca mais cantaremos juntos?

“Que o que você demora

É o que o tempo leva”

E realmente, o tempo foi impiedoso 

Por que? Por que? Eu me pergunto

 

MPB não será mais meu refúgio 

E artistas como Marina Lima, 

Gilberto Gil, Adriana Calcanhotto,

Cidade Negra, Titãs,

Agora habitam um espaço inalcançável 

 

A minha voz, antes cantava cheia de vida

Agora é apenas um eco distante 

Um sopro esquecido na alma ferida

Segundo a banda Titãs:

“Cada um sabe a alegria

E a dor que traz no coração”

Onde a Luz se Apaga 

Elisa Garibaldi de O. Ferreira