Eu sou a sombra que se apaga na luz,
um eco vazio, um suspiro fugaz.
Meu mundo é um campo de flores murchas,
onde o sol se esqueceu de voltar.
O vento sussurra histórias passadas,
levando consigo o calor do viver.
Na penumbra, eu busco tua face,
mas só encontro o vazio a crescer.
Minha alma, perdida, vagueia em silêncio,
sem rumo, sem cor, sem um lar.
O tempo é um rio que arrasta meus sonhos,
deixando apenas o ensejo do pesar.
Por que florescem as flores no campo,
se ao final, elas têm que morrer?
Por que amo, se amar é ferida,
que sangra e nunca vai se esconder?
Sou a sombra, o eco, o suspiro,
sou a dor que não sabe calar.
E no espelho do céu, vejo estrelas,
que choram por mim ao tentar brilhar.
27 dez 2024 (09:57)