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O aprendiz

A bela da praia - Parte 2

É muita coincidência

 E peço ao leitor paciência

 Para ouvir o que passo a narrar

 De  novo, em frente ao bar da Silvana

 Lá na praia de Manguinhos

 Onde as areias da praia

 E o verde azul do mar

 Parecem  encontro marcar

 Com a beleza feminina

 Que sobra naquele lugar

 Dito isto, vamos lá !

 Começo agora a contar

 O que ali aconteceu

 Que  tanto me embeveceu

 Ah, me perdoe leitor

 Mas vou ter que interromper

 E uma pequena pausa fazer

 Pois o garçom trouxe o jantar

 E a comida vai esfriar

 Se agora eu não comer

 Viu ? demorei só um minutinho

 E o frango à passarinho

 Estava espetacular !

 Mas vamos voltar ao tema

 Porque senão o poema

 Vai ficar muito comprido

 E o leitor aborrecido

 Não vai mais o considerar

 Estamos de volta as areias

 Onde outras três lindas sereias

 Com discrição no olhar

 Passei a observar

 E vou detalhar a vocês

 A beleza dessas três

 A primeira era baixinha

 Parecia estar  sozinha

 Estava deitada a esquerda

 A esquerda do meu olhar

 Usava um biquíni rosa

 E  tinha no alto da coxa

 Tatuada uma flor roxa

 Que parecia perfume exalar

 A segunda era alta e magrinha

 Parecia uma fada madrinha

 Era morena, com corpo escultural

 E fez um sucesso tal

 Que os homens ao passar ao seu lado

 Ficavam tontos,embasbacados

 E acreditem, tenham fé

 Que até o José, o cara do picolé

 Ali parou e ficou a observar

 E o chapéu Panamá que ela usava

 Mais ainda realçava

 A beleza de todo seu ser

 Vamos por fim a terceira

 E já afirmo de primeira

 Que era, a meu ver, a mais bela das tres

 E que ,no além, saiba Alencar

 Que esta beleza à beira-mar

 Devia ser cópia fiel

 De sua virgem dos lábios de mel

 Tinha os cabelos negros qual Iracema

 O que para o poeta

 Já facilita o poema

 Tornando mais fácil o compor

 Não me leve a mal meu leitor

 E perdoe-me por favor

 Se neste longo poema

 Não consegui meu intento

 De tanta beleza expor !