Isabela Fenix

Grama verde


Ela se afastou dele e se aproximou da janela. Observando a paisagem...
Ela detestava como o céu era azul, e a grama que era verde e em como as folhas estavam ficando coloridas.
Foi tudo lindo; mas, não deveria ter sido, deveria ter sido repulsivo.
Tudo isso.
Amá-lo...não deveria ser lindo.
Deveria ser repulsivo.
-Minha família, não aprova você.
-Eu sei.

Sei e sei

Nada daquilo fazia o mínimo sentido.
Por quê, amá-lo, me faz feliz?
Mas, sinto que estou desmoronando.

As estações vem e vão
Mas, meu amor, permanece.
Por quê, me sinto tão triste?
Odeio, como esta grama brilha
Quando penso em você
E odeio, como ela seca
Quando penso em te deixar ir. 
Preciso de um bom motivo

Por quê, um bom motivo para ir, é um péssimo motivo para ficar?

Talvez, seja adeus
E eu esteja, apenas relutante em te deixar ir.

Mas, querido, tu entende que estou relutante, é porque, eu te amo?
Quando não deveria.
Talvez, não seja eu
Ou talvez, seja.
Eu e essa mania
De amar sem medidas
Pois, o amor, não é, um para ser medido
E sim, vivido e sentido.

E sem isso, sou apenas vazio e esta grama verde e seca...
Eu realmente preciso disto
Dê-me, um bom motivo
Para não te deixar ir.