O bardo, em meio a doída solidão,
mirava o céu sem dar conta de sua
grandeza! E embora a clareza da lua,
trazia n!alma a cor da escuridão!
Estava só, alheio a multidão,
quando lhe acerca uma anciã na rua
e, lhe sussurra: - Sem fé, a alma é nua,
é pobre de sentimento e emoção!
Por isso, quando a amargura é constante,
a oração é o elo genuíno
entre nós e o mundo mais adiante!
Ela nos eleva, pois é fiel
e, com seu poder, excelso e divino,
sempre nos translada da terra ao céu!
Nelson de Medeiros