Não nego o espírito que sempre cultivei
De permanecer nessa constante mudança
Distante daquilo que um dia afirmei ser e não serei
Na minha liberdade, como num sonho de criança
Ouço cuidadosamente minha solidão
Por estar a cada momento aqui
Permanecendo com minhas manias
E recordando memórias tão belas que vivi
Mas desapegado sou eu
Longe e próximo quero de tudo estar
Assim sigo formulando o que é meu
Porém nunca irei me desapegar do meu lar
Longe ou perto
Mantenho meu coração discreto
Sem menosprezar a amplitude de caminhos
Os quais posso tomar contigo ou sozinho
Por último, peço que guarde meu beijo e palavras
Assim como lhe marcaram as dores passadas
E me veja nessa constante mudança
À procura de um novo rumo de esperança
Enfim, do fundo da mente que estruturo
Rogo-lhe que cuide dos destinos seus
E receba o mais singelo adeus
De um caçador do próprio futuro