Com mãos pequenas, moldo o instante,
grãos que dançam no sopro errante.
Ergo torres, muros, sonhos vãos,
em reinos frágeis, feitos de mãos.
O mar, atento, espreita em segredo,
com seu abraço dissolve o enredo.
Mas não há choro, só riso e graça,
pois na areia a vida sempre se refaça.
Ergo um reino à beira do mar,
onde sonhos vêm repousar.
Cada grão, história moldada,
uma promessa breve, delicada.
Minhas mãos pequenas são gigantes,
construindo torres e instantes.
Ainda assim, volto a criar,
pois na areia, é doce recomeçar.
14 dez 2024 (10:48)