Pare... veja o quanto de você ainda existe em mim.
Me prove, mas saiba: não dependo de você, nem você de mim.
Ainda assim, posso te abraçar sem fim.
Deitados sobre os ladrilhos frios
Das paredes gastas da nossa história.
Olhando para o céu,
Olhamos o céu,
Dedilhando memórias como um violão que chora,
Lamentando os momentos que ousaram terminar.
Ao dedilhar nossas memórias.
Como um violão que chora,
Os momentos que se atreveram a acabar.
Te deixo tatear as minhas cicatrizes,
E você me permite destrinchar as suas raízes.
Não importa se o tempo corre contra nós,
Ele não entende que o que temos desafia seus ponteiros,
Ainda há tanto a aprender nos gestos, nos silêncios,
Como quem cultiva um jardim em pleno inverno,
Colhendo, lentamente, tudo o que somos,
E tudo o que ainda podemos ser.