Ensina-me, amada,
os segredos do teu olhar —
como ele brilha, tão profundo,
nas quietudes da noite.
Não sou apenas um aluno,
mas alguém atento ao teu ser,
no ritmo que teu corpo revela,
nas horas silenciosas do amor,
onde a paciência é a única verdade.
Cada gesto teu é uma lição,
uma linguagem que se aprende sem palavras.
Eu, com mãos trêmulas,
leio teus gestos,
não com os olhos,
mas com o coração,
aprendendo os caminhos invisíveis
que unem nossos destinos.
Vejo-te nas sombras da noite,
onde o mundo parece se dissolver,
e apenas o teu olhar permanece,
a me guiar pelos mistérios do silêncio.
Os ecos de tua presença
se transformam em melodias,
e nossos passos,
se tornam acordes.
Ensina-me o poder do toque,
onde a pele e a alma se tocam,
onde palavras se desvanecem
e o silêncio diz tudo.
Eu não sou só um observador,
sou o que sente, o que aprende sem explicação.
Meu amor não precisa de promessas,
mas de paciência —
como a flor que floresce
no tempo certo, sem pressa.
Na aprendizagem, encontramos a verdade,
a sabedoria que não precisa de palavras,
mas de gestos, de simples toques,
de pequenos detalhes que fazem o amor crescer.
E quando nossa jornada terminar,
não haverá fim.
Haverá apenas o contínuo,
o eterno mistério do amor,
sempre a ser descoberto,
a ser vivido, a ser sentido.
E no último toque,
no último suspiro,
seremos mestres e discípulos,
eternamente buscando,
juntos,
o prazer do agora,
no espaço sem fim entre dois corações.