Flavio Eduardo Palhari

um copo de conhaque

um copo de conhaque (Flávio Eduardo Palhari)

 

eu vivo me escondendo

desses pensamentos toscos

às vezes nem me lembro

que por tempos fui um tolo

eu agradeço ao tempo

por ver sempre em seu rosto

um sorriso que eu não tenho

me alivia do desgosto

ao conhecer você eu guardei em meus bolsos

cada fantasma

dias tristes

pensamentos tortos

ao conhecer você eu me esqueci do sufoco

não sinto a raiva

nem meus limites

não me sinto um louco

 a noite com um copo de conhaque eu tento ser

um outro poeta que só espera o amanhecer

se escrevo o que eu sinto e o que não vou dizer

entenda o meu silencio

abrace os meus gestos

 todo o meu amor por você ...