teus olhos
teus lábios
conforto e agonia
abraços confusos
me solta
me irrita
me deixe à deriva
pensamentos liquefeitos
solidez do amor ultimou
a modernidade líquida
contigo acabou
amor, loucura,
ordem, preceito,
me emudeço
sobre a flacidez
do teu desejo
medo constante
és um cadáver ambulante
que respira e aspira
e morre incessante
não ama nem aprende
pois o receio é insolente
no dualismo do amor
tua vinda se findou
ama o sofrimento
vives pela dor
amor, amor
já não sei
pra ti o que sou
uma memória apagável
um sentimento indolor