Ronald Fantasma

Julieta

Há semanas que me tiraste o direito de te amar,

Mas quem és tu para que me prive o direito;

Supõe que seu sorriso de marfim

Ao qual nem mesmo o mais galanteador resistiria,

És o suficiente para que tome parte de minha vida?

 

O que lhe garante autoridade, saindo de minha vida,

Para que possa tomar consigo meu sorriso?

Equivocou-se ao pensar ter posse de meu sentimento,

Meu amor lhe pertence, mas o direito de te amar não!

 

Ora não foi você quem me pediu para te amar?

Que lhe amasse como Romeu?

Portanto, seja como Julieta e me procure.

Estou disposto a perecer se me privares o direito.

Ó Julieta, Julieta, onde está você?

 

Com olhos marejados, suplico-te

Traga-me outra dose do seu doce beijo,

Deixe que eu me envenene e morra!

Mas não me prive do direito de te amar.