Há semanas que me tiraste o direito de te amar,
Mas quem és tu para que me prive o direito;
Supõe que seu sorriso de marfim
Ao qual nem mesmo o mais galanteador resistiria,
És o suficiente para que tome parte de minha vida?
O que lhe garante autoridade, saindo de minha vida,
Para que possa tomar consigo meu sorriso?
Equivocou-se ao pensar ter posse de meu sentimento,
Meu amor lhe pertence, mas o direito de te amar não!
Ora não foi você quem me pediu para te amar?
Que lhe amasse como Romeu?
Portanto, seja como Julieta e me procure.
Estou disposto a perecer se me privares o direito.
Ó Julieta, Julieta, onde está você?
Com olhos marejados, suplico-te
Traga-me outra dose do seu doce beijo,
Deixe que eu me envenene e morra!
Mas não me prive do direito de te amar.