Longe de tudo,
eu escuto o silêncio
até o menor sussurro
ecoando como um grito.
Você acha que sou burro?
Talvez eu seja,
talvez precise crescer,
erguer-me além do que fui,
para, quem sabe, te enxergar.
E então, talvez, você me queira.
Destruí mundos,
levantei muros,
soterrando palavras,
ensurdecendo a razão.
Tudo isso, por causa dos seus surtos.
Agora, desfaço o que foi criado,
esse homem que você tanto exaltava:
seu herói,
seu fiel aliado,
seu escravo alienado.