Era o vento quem falava de você,
sussurrava seu nome entre os galhos,
brincava com meu rosto,
como se quisesse me levar até você.
Fechei os olhos e ouvi sua voz,
misturada ao murmúrio das folhas.
Era doce, era firme, suave,
como se o próprio universo cantasse sua existência.
Cada brisa que tocava meu rosto
parecia carregar o calor do seu abraço,
e cada rajada mais forte do vento
trazia a urgência de te encontrar.
O vento, cúmplice de nosso amor,
levava minhas palavras até você,
silenciosas, mas intensas,
pedindo que ouvisse meu coração.
E, então, quando você chegou,
foi como se ele parasse,
em respeito ao momento em que minha alma,
finalmente, encontrou repouso na sua.
Agora, quando o vento dança ao meu redor,
não sinto mais saudade,
só o eco de um sussurro
que nos uniu para sempre.
14 dez 2024 (10:34)