Emily de Freitas

Selene

Ó, Selene,  

tão bela quanto a luz do luar,  

com tua carruagem divina,  

iluminas as noites mais frias.  

Tua voz ecoa pelos ventos,  

uma melodia melancólica,  

que cantas ao teu amado Endymion,  

em doces juras de amor eterno.  

O poeta, rendido, escreve à Lua,  

pois nada na terra se compara  

à magia de contemplar-te ao anoitecer,  

sob a sombra serena de uma árvore.  

E, ao lado de quem amo,  

ver tua passagem pelo céu  

é testemunhar o sublime.  

Não há ato mais romântico,  

que beijar aquele que me é caro,  

sob teu olhar prateado, Selene,  

testemunha eterna do amor que lhe é consagrado.