Estava no auge da vida,
tudo me corria bem;
tinhas bons amigos, namorado
e uma relação boa com a minha mãe.
Sonhava com ele o tempo inteiro,
era o rapaz dos meus sonhos,
aquele que valia mais que dinheiro.
Com aquele que ambicionava casar,
e quem sabe, talvez até ter filhos;
para depois ter o orgulho de lhes dizer:
«-O teu pai foi o meu primeiro e único amor para TODO O SEMPRE!»
Como o que é bom dura pouco,
NÓS, não ia ser diferente.
Deixou de me falar
e decidiu seguir em frente.
Senti tanto a \"tua\" falta,
e andava tão sobressalta.
Sofri em silêncio por \"te\" perder,
sofri por já não \"te\" ter.
Alguém que fazia parte dos meus dias,
do «Bom dia» ao «Boa noite».
Eramos aquele casal que olhavas e dizias:
«- Se aquilo um dia acabar vai ser um açoite!»
Mas tal como \"tu\",
eu tinha de pelo menos tentar seguir em frente.
Foi tão difícil no início:
não \"me\" saias da cabeça.
Percebi que não sabia viver sem \"ti\",
sem alguém que eu amava,
e pensava também ser recíproco.
Tive bastantes desgastos físicos e mentais:
perdi peso, culpava-me de tudo
mesmo sabendo que não ias voltar.
E eu continuei a sonhar,
com tudo aquilo em que pensávamos viver
tudo o que sonhávamos ter no futuro,
tudo o que sonhamos conquistar JUNTOS.
Já se passaram uns meses,
e eu consegui recuperar.
Percebi que não nos devemos apegar
a alguém que ainda não aprendeu o significado de «amar».
Hoje sinto-me melhor,
mais forte;
Sinto que tudo tem um «porquê».
E esta parte da minha vida serviu para eu perceber,
que tudo é momentâneo,
e, não é até morrer.