Zodíaco

Amor e miséria

Inspirado por amor e miséria 
Na ânsia por pão e perdão 
Perdido eternamente na imensidão 
Da universal solidão etérea 

 

O poeta descobriu o Amargo 
Nas vésperas da juventude insólita 
Nas vísceras de uma quimera morta
Há uma obra do diabo 

 

Ah porquê todo homem é condenado 
No primeiro batimento cardíaco 
Até o choro de seu primeiro filho 

 

O pecado mora nos lábios 
Mais belos, tentadores e promíscuos 
A mão escreve melancólicos e literais delírios

 

A mente confinada no vazio do vácuo 
morre em seu silêncio pacífico 
Enquanto o amor nasce novamente sem deixar vestígios