Quando os momentos últimos escorrem
eu abrigo uma imensidão noturna no peito.
Quando chove, como hoje, e o tempo parece parar,
eu respiro um passado muito presente.
Preciso o encarar. E é um rio muito gostoso de
assistir correr para dentro de mim.
Sem saber muito e desejando o que sei.
Sabendo nada sobre o Universo e desejando
até mesmo a pequena íntima partícula.
Quando a caixa de música toca, mas está vazia, eu espero...
Na espera de ouvir que a chuva vai voltar a cair.
Como um velho amigo, estou pacientemente aguardando pela chuva.
[ela faz parte de mim, sem precisar rimar ou escorrer como tudo]