Roberio Motta

Amado

Estou no Amado 

Saudades do eu com tu

Canto de encantos 

Nadantes no mar azul

 

A Terra à espera

As ondas se abraçando 

Menino sorrindo 

E o Mar indo Amando 

 

Da saudade que bate

Das marchas que se foram 

Do céu inda azul

Das trovas do Oludum

 

A tarde a chegar 

O sol meio mudo

Com chamas ao mar

E o Tempo a rodar o mundo

 

Espalha o que se foi 

Encontro de momentos 

Sobre a alva que cobre

A mesa calada coberta de ventos

 

E o meu inda pregado

Ao teu tão distante 

Feito as brancas nuvens 

Espiando presente o antes

 

Barco e canoa feito eu e tu

Demora memória a chegar

O silêncio paciente do aratu

No molho molhado do bejú

 

Roberio Motta

Restaurante Amado 

Salvador de todos os Santos 

Dez e 1 nove do onze que inda inda

Do ano cansado de 2024