Um homem enfermo, acorrentado à vida,
habita seus sonhos lúcidos,
onde imagina uma existência de felicidade,
onde seus desejos se realizam,
mas ao abrir os olhos, encontra apenas as agulhas
injetadas em suas veias,
calado pelos sussurros que lhe dizem:
“Cale-se, não sonhe mais,
tudo o que você imagina jamais se concretizará.”
Ele só queria um pouco de felicidade,
um sopro de alegria que não fosse sufocado pela dor.
Mas a pressão da vida o empurra para a cama,
onde ele se vê impotente,
impossibilitado de ser mais do que aquilo que as correntes dizem que ele é.
Por que existe tanto sofrimento no mundo,
enquanto a felicidade parece tão distante,
reservada para outros, para aqueles que podem respirar sem medo?
E no fundo, ele se pergunta:
o que é viver, se não para buscar aquilo que nos faz sentir vivos?