Vesuvio (Flavio Eduardo Palhari)
suas mãos no talo nu suado
em que seus lábios esperam meu orvalho
vejo em seus olhos fogo fátuo
que em seu olhar me seduz perpetuo
como um vulcão te inundo em lava
quente é a noite além das janelas
na flor da pele entre as suas pernas
que o meu amor se entrega
efetuo
cada gota de amor que deslumbro
cada escorrer de vênus em gritos
cada sorriso embebido em gemidos
cada curva do teu corpo em retas
no curvar da sua cintura que se eleva
no tremer como um tremor de terras
gelo nas águas no calor das cavernas
por instantes o tempo se congela
em dois olhares
dois corpos nesse amor sem misérias