Entre o bem e o mal,
um ser, cercado por flores reluzentes,
banha-se na luz de um colorido etéreo,
inspirado por campos embriagados de perfume,
impulsionado pela bondade que o mundo exala.
Enquanto isso, outro caminha sobre espinhos,
esmagado pelas sombras que o cercam.
Tenta, em vão, preservar a alma intacta,
mas é corroído pela infelicidade,
pela mais vil das enfermidades.
Qual o propósito de uma vida assim?
Dizem que o mundo é justo,
uma balança onde o bem e o mal
compartilham o mesmo peso.
Mas então, por que uns florescem sob a graça
enquanto outros desfalecem na amargura?
Onde está a justiça no desequilíbrio?
A felicidade tem seus escolhidos,
acolhe uns com braços de veludo
enquanto drena, de outros, o sangue da existência.