O amor verdadeiro não se vê,
mas se sente no pulsar do peito,
onde as palavras se dissipam,
e os gestos falam a língua secreta
que o silêncio, com sua sabedoria, guarda.
Não é naquilo que se diz,
mas no eco da ausência,
que a alma se encontra.
É o olhar que atravessa a dor,
a presença que transcende distâncias,
mesmo quando os corpos se ausentam.
Amar é ser abrigo na tempestade,
é entender sem perguntas,
sem pressões,
é dar liberdade ao tempo,
sem apressar o amadurecer do fruto.
O amor genuíno não exige,
ele acolhe sem esperar retorno,
ele deixa ser,
sem querer modificar o que já é belo,
simplesmente por existir.
Amar é ver o invisível,
aqueles gestos que falam baixinho,
como flores que surgem em silêncio,
e transformam o ordinário em poesia,
aquecendo o coração
nos detalhes que os olhos apressados não podem ver.
É respirar junto,
no compasso suave da vida,
sem máscaras, sem pressões,
somente o ser se revela,
na liberdade de ser quem é.
E é assim que o amor cresce,
não no brilho das palavras,
mas na quietude dos gestos,
no cuidado que se oferece,
sem esperar recompensa.
No fim, o amor é mais que um verbo,
é uma forma de existir,
onde cada ato é um poema,
e cada silêncio, uma canção.