Antes do big-bang eu já existia...
Coisa nenhuma, aliás, de nada havia...
Num profundo sono a humanidade
Mantinha-se existente sem idade...
No sempiterno já prevalecia
Tudo determinado como guia... Assim, era-me a possibilidade
Definida na probabilidade
Dentro da qual eu vim a existir.
E sonho, e sofro e indiferente amo;
E não consigo me autodefinir...
Quão inútil me sinto, então reclamo
—Se digno me tivera em consciência,
Não frustraria a minha existência...
Tangará da Serra, 29/11/2024.