Este sol que consagrava o meu tempo,
Tateando a seca pele que me cobria,
Mostrava uma luz que nunca reluzia,
Jogando em meu peito o cruel passatempo.
Escalando a firme e áspera montanha,
Via o brilho torpe daquela estrela,
Que zombava de mim sem deixar sequela,
Enquanto eu seguia sem cair na barganha.
No topo, com o manto carnudo exposto,
Abri minha boca e gritei bem disposto.
Por fim, alcancei o cume do sofrimento.
Perante ao passado, queimei o tormento,
Meus olhos cansados tocaram a estrada.
Debrucei-me em paz na solitária brigada.