Por sob as cobertas do quarto, o poeta se oculta do dia;
Ele não quer mais a vida.
Está cansado, decepcionado, não quer mais saber,
De toda essa gente feia e sem rumo.
Ele quer subir os morros que encontra só em sonhos,
Quer a companhia daqueles seres luminosos que só encontra em sonhos,
Na solidão meditativa e serena naqueles morros, colinas e serras,
Onde desde pequeno assiste.
Um mundo, parece-lhe, bem mais real do que esta infâmia de mundo.
Um mundo de seres que o guiam, que o sussurram em seu ouvido:
Venha, aqui tu descansas;
Aqui tu és nosso, mais uma Estrela,
Em nosso mundo de graças;
Em nosso mundo de belos dias e noites fartas.