ARandomGirl246

Fora de mim

De tempos em tempos
Sinto-me deveras dopada
E o que em mim saliento
É muito menos que nada

Em meio a chegados estranhos
Vejo-me pelos olhos de fora
Nos mares em que me banho
A seca está aflora

Procuro e não me acho
E em meu próprio labirinto
Há em cinza tanto espaço
Que o núcleo é extinto

Como pude de mim esquecer
Ao longo do caminho?
Que essência tem o ser
Que se esvaiu de mansinho?