Metamorfose

Início no Fim

O que será que o universo me aguarda,

Neste infinito que me cerca e assombra?

Sonhos se erguem, mas a dúvida tarda,

E a solidão, no peito, nos assombra.

 

Será ilusão crer em vida tão plena,

Em amor que cure toda dor sentida?

Ou será que a existência, tão pequena,

É solidão, a verdade mais sofrida?

 

Caminhamos, almas, rumo à perdição,

Mas e se o fim for apenas um começo?

Um novo capítulo em outra estação,

Onde amar e viver sejam o endereço?

 

Pois na vastidão, talvez algo nos espere,

Um reencontro, um sentido que se revele.

O coração quer mais do que a vida impere:

Ama, vive, e que o mistério se celebre.