Hoje, o dia nasceu em murmúrios,
e o vento sussurrou teu nome.
Acordei com a pele em febre,
como se tua ausência queimasse em mim.
Teu rosto, que não vi,
era uma sombra dançando na luz da cortina.
Tuas mãos, que não toquei,
me envolveram num abraço de saudade.
A cama guardava teu cheiro imaginado,
e os lençóis exalavam histórias
de noites que nunca tivemos,
mas que em mim vivem inteiras.
Quis teu riso dissolvendo silêncios,
tua voz aninhada em meu ouvido,
teu corpo feito casa,
onde meus desejos descansam.
Hoje, o mundo era apenas você,
nos detalhes que inventei.
E a vontade, esta minha louca chama,
me consumiu, meu peito virou poema,
e meu desejo, clama teu nome.
27 nov 2024 (12:22)