Tiago Santos
Quando escrevo
O silêncio ecoa
Toma conta
Uma livraria se manifesta
E a cada ruido um shiii!
Um se aquieta aí
O barulho
O entulho
A bagunça que me cerca
Simplesmente não existe
A cada a palavra formada
O volume baixa
E tudo vira quase zero
A tinta dança
Numa melodia silênciosa
Acrobática e vagorosa
A gritaria que me acompanha
Da uma pausa
Da lugar a cada escolha de palavra
Se torna a concentração necessária
E do silêncio se cria uma música
Que não se canta
Mas se ler
Em silêncio
Dentro de si, no pensamento
E a multidão vai embora