Aqui onde se espera...
Sempre um lenço de despedida...
Em alma que flutua...
Na luz órfã do dia...
São certos os abismos...
Escondendo os perigos...
Da mentira que roda e enlaça...
Sufocando toda graça...
Do falso amor sentido...
Descobre-se impaciente os recados...
Sentado à mesa dum café passado...
Pega-se pensando e quando socorreste o miserável...
Percebesse estar só e só ter criado embaraços...
Talvez não suspeites...
Que na verdade nenhum lugar ocupastes...
Apenas distraites...
Com o que não te pertences...
Na escuridão que procura e adormece...
Rolando o leito que se aquece...
Nenhum conhecido que tivesse...
O amor que o pegue criado...
Terra assombrada que lhe é devida...
Cuja vida é água a correr...
Para a fronteira fechada...
Enganando-se a sofrer...
Aproveitar o tempo...
Tirar da alma os bocados...
Antes só...
Que mal acompanhado...
Sandro Paschoal Nogueira