Olhando para trás, o menino que eu era tinha sonhos tão grandes quanto o céu noturno. Sonhava em ser um escritor, um viajante incansável, alguém que deixasse sua marca no mundo, mesmo que fosse apenas uma pequena ondulação em um vasto oceano. Eu queria ser corajoso, independente, criativo e, acima de tudo, feliz.
Hoje, posso dizer que, em alguns aspectos, realizei esses sonhos. Escrevo, embora não seja exatamente como eu imaginava naquela época. Viajei, conheci lugares e pessoas incríveis, e cada experiência moldou quem eu sou. A independência que eu almejava se tornou uma realidade, embora tenha aprendido que a verdadeira força reside também na vulnerabilidade e na capacidade de pedir ajuda quando necessário.
A criatividade, essa chama que ardia forte na minha infância, continua acesa, alimentando meus projetos e me guiando em novas direções. Mas a felicidade... essa é uma jornada complexa e contínua. Não é um destino final, mas um processo de aprendizado, crescimento e aceitação. A felicidade que eu sonhava era talvez um pouco ingênua, uma versão idealizada e simplificada da vida adulta.
Eu me tornei uma versão melhorada daquele menino sonhador. A vida me ensinou lições difíceis, mas também me presenteou com alegrias inesperadas. Eu evoluí, me adaptei, e continuo a crescer. A jornada não foi exatamente como eu planejei, mas o caminho em si se tornou a maior aventura. E, no final das contas, acredito que estou no caminho certo, construindo a vida que eu sempre quis, mesmo que ela seja diferente do que eu imaginava na minha infância. A essência daquele menino sonhador ainda reside em mim, e isso me conforta e me impulsiona a seguir em frente.