Não sou mestre dos ventos, nem leitor de silêncios,
Mas tento, dia após dia, decifrar teus movimentos.
Seus gestos são sutis, como versos não ditos,
E ainda assim espero, atento aos teus gritos.
Já te pedi, com carinho, que me mostre o caminho,
Que revele teus sonhos, teus desejos mais íntimos.
Não quero adivinhar, nem ler nas entrelinhas,
Prefiro a verdade simples, que nos torna mais genuínos.
A clareza não fere, não quebra o encanto,
Ela constrói pontes, afasta o pranto.
Falar do que sente não é perder o mistério,
É nos dar uma chance de algo mais sério.
Se me diz o que quer, se abre o coração,
Eu prometo te ouvir, sem hesitação.
Pois a verdade direta é o que nos alinha,
E faz de dois caminhos uma só trilha.
Então, confia em mim, deixe a sombra de lado,
Que no brilho do claro, seguiremos lado a lado.