Na solidão, encontro a verdade,
No amor, o eterno conflito,
Amigos nem sempre à mão,
Amar-se : um desafio infinito.
A vida, ora bela, ora severa,
Em suas constantes revira-voltas.
Às vezes, pesa como uma espera,
Às vezes, estar só é libertador.
Não nego a dureza da jornada,
Nem o valor da solidão.
Carrego em mim sua morada,
E a dor que habita a criação.
Não nego a sensação de vazio,
Nem o eco da melancolia.
Cada dia carrega seu desafio,
Cada instante, sua agonia.
Neste labirinto de sentimentos,
Não nego a dor que me veste.
Perdida, às vezes, me reinvento,
Mas ainda procuro o que me veste.
Aceito, enfim, o tumulto da vida,
Com alegrias e desilusões.
Caminho entre luz e ferida,
Em busca de novas razões.
A vida não é simples, verdade,
Mas pulsa para ser vivida.
Entre lágrimas e saudades,
Ainda assim, uma jornada querida.