A solidão, a mesma do lobo
Preso em sua toca, sem fugir
Repetidamente, sem se abrir
Encurralado, em busca de consolo.
Onde vive a fantasia, remédio que vicia
Em sua mente grita, o uivo que anima
Vulgar, agressivo, o vivo talento
O instinto que guia o seu pensamento.
No centro das grandes cidades há praças pequenas no interior.
O lobo se sente sozinho seja para que lado for.
A alma cansada das ilusões fabricadas pelos homens e a tecnologia.
Os humanos perdidos em suas próprias ironias e hipocrisias.
O espírito livre e dominante do lobo se encontra na imensa floresta.
Admirado pela selva verdejante e as cachoeiras exuberantes.
Onde corre, brinca e faz festa, é no topo da grande montanha, com a lua cheia, que o uivo atravessa a floresta e a jornada do lobo solitário começa.