Sezar Kosta

REFÚGIO DE LIBERDADE

A rotina da semana, um peso invisível nos ombros,

compromissos que se arrastam como correntes invisíveis,

o tempo escorrega entre os dedos,

como areia fina em um deserto sem fim.

 

Mas então, na noite silenciosa de sexta-feira,

algo muda no ar.

O vento, suave e morno,

beija sua pele com a promessa de descanso,

e a cidade respira, agora suspensa,

como se o mundo inteiro sussurrasse:

“Pare, respire, você merece.”

 

O fim de semana se aproxima,

um refúgio acolhedor que envolve a alma,

onde o tempo se dissolve,

e os verbos trocam de pele:

\"Fazer\" se dissolve em \"relaxar\",

\"correr\" se transforma em \"sonhar\".

 

As estrelas, antes apagadas pelo peso do dia,

dançam agora na mente,

brilhando com mais intensidade,

como promessas de um novo amanhecer,

onde os problemas se desfazem,

como névoa ao sol da manhã.

 

Você se sente leve,

como um pássaro que escapuliu da gaiola,

um viajante perdido em um planeta novo,

onde o tempo não tem pressa,

onde não há obrigações,

apenas a liberdade de ser,

de se perder nas pequenas coisas.

 

E quando a segunda-feira chegar,

lembre-se: ao menos por alguns dias,

você se permitiu escapar,

mergulhou nas profundezas de si mesmo,

onde o impossível se torna possível,

e a vida, por um breve instante,

é pura poesia.