O amor, sempre longe de mim,
não disponível, mas tão perto.
Afloresce, mas se apaga
com o tempo já cansado.
Sinto, no coração esgotado,
que não mereço amar assim.
Os amores que surgem
já pertencem a alguém
ou talvez não sejam para mim.
Permaneço incerta,
questiono o que é real,
o que é possível.
Se o amor é para mim,
a vida parece negar,
dia após dia.
Não sei se devo esperar
o que realmente me pertence,
o que foi feito para mim.
Ou talvez siga adiante,
sem ele, até o fim.