Minha mãe, onde estás agora,
se não aqui, onde o mundo chora?
Teu riso, tão doce, se foi no vento,
e eu, perdido, carrego o lamento.
Tuas mãos que me guiaram, tão quentes,
hoje são memória em dias ausentes.
Teu colo era porto, meu lar seguro,
agora, sem ti, tudo é tão obscuro.
O tempo passa, mas não consola,
cada instante sem ti, uma esmola.
Caminho sozinho, sem tua luz,
um eco vazio que nada traduz.
Oh, mãe, no silêncio da noite, te chamo,
em cada estrela, te busco em pranto.
Mas o céu é vasto, frio, distante,
e tua ausência, meu pesar constante.
Quisera eu tocar-te, e sentir teu cheiro,
dizer “te amo” com coração puro e inteiro.
Mas agora só resta a saudade crua,
e minha dor eterna, sobre a vida nua.
21 nov 2024 (12:55)