Uma força estranha o guiava,
por entre as flores daquele lugar
e seu Ser não imaginava,
onde aquela força o iria levar.
Um uivo de tristeza
ecoava em seus ouvidos,
trazendo-lhe certa singeleza
em meio ao desconhecido.
Sentia seu corpo flutuar,
como fosse folha ao vento,
e seu coração não conseguia explicar
o que de fato era aquele sentimento.
Era tudo confuso e apaziguador,
era como sonho perto do despertar,
Era extraordinariamente assustador,
Mas também lhe soava familiar.
O som daquele lugar,
trazia-lhe uma melancolia,
era indecifrável e familiar.
Seria uma fantasia?
Palavras fragmentadas ouvia,
será que estaria a sonhar?
Ou era um enredo de poesia
que o fizera enfim despertar?
Marta Biscoli